quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cristo Redentor

História do monumento
12/10/2011








Quem nunca ouviu dizer que o Cristo Redentor, erguido no alto do Morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, foi um presente da França? Ou até mesmo que a obra teria vindo da França para o Brasil de navio? Essas são algumas das histórias contadas por vários anos e que acabaram tornando-se conhecidas, mas que não retratam a verdade histórica da construção do monumento.

Para esclarecer esses fatos, faz-se necessário voltarmos no tempo, especificamente para o ano de 1921, quando surgiu a ideia da construção do monumento ao Cristo Redentor para marcar a comemoração do 1º Centenário da Independência do Brasil, que se daria no ano seguinte. O Círculo Católico se reuniu para discutir o projeto e o local da edificação. O Corcovado foi escolhido entre mais dois candidatos: o Pão de Açúcar e o Morro de Santo Antônio. Mais de 20 mil pessoas assinaram um documento pedindo autorização ao presidente Epitácio Pessoa para a construção no local.

O autor do projeto do Cristo foi o engenheiro Heitor da Silva Costa, que em 1923 firmou contrato com a Comissão Organizadora do Cristo Redentor para construção da obra. Nesse documento, ele cedeu os direitos autorais do projeto para a comissão organizadora do monumento, sucedida pela Arquidiocese do Rio de Janeiro.

O projeto escolhido mostrava Jesus segurando uma cruz na mão direita e o globo terrestre na esquerda. Atendendo ao pedido do então Arcebispo Dom Sebastião Leme, o engenheiro buscou um sentido mais religioso para a estátua e, com a colaboração do desenhista e pintor brasileiro Carlos Oswald, a figura de Cristo passou a ter o aspecto da cruz, estendendo os braços, como está hoje.

Para desenvolver o projeto já existente, Silva Costa foi à França contratar o artista Paul Landowski para executar maquetes e esculpir as mãos e a cabeça da estátua. Há registros históricos de que o estatuário francês também cedeu seus direitos autorais ao órgão que hoje é a Arquidiocese do Rio, visto que esta seria uma condição imposta pela Igreja.

Os recursos para a construção foram obtidos através de uma campanha nacional para arrecadação de fundos para a obra. As doações foram feitas por fieis às paróquias de todo o Brasil. Ou seja, ao contrário do que alguns pensam, foi uma obra de brasileiros custeada por brasileiros.

A execução dos braços foi a parte mais difícil porque não havia solo firme para apoiar os andaimes. A base do pico do Corcovado era pequena, com cerca de 15 metros, o que aumentou a dificuldade. O menor descuido poderia gerar um acidente fatal. A mais de 700 metros de altura, as condições de trabalho eram extremas e os operários expostos a ventos fortes, temporais, raios, frio e calor intensos. No entanto, o monumento foi inaugurado em 12 de outubro de 1931 e durante as obras nenhum acidente foi registrado.
* Foto: Gustavo de Oliveira
Fonte: http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

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