sábado, 30 de maio de 2015

ICONOGRAFIA CRISTÃ: Da arte alegre das catacumbas aos ícones sagrados, janelas para o transcendente.

Catacumbas de Comodila : "Esse último afresco, referente à negação de Pedro, é mostrado a seguir[276]. O galo encontra-se sobre uma coluna; à esquerda de quem olha, Pedro; à direita, duas pessoas, talvez representando dois dos captores de Jesus, e que haviam reconhecido Pedro no átrio da casa do sumo-sacerdote[277], ou, mais provavelmente, representando Cristo e um de seus captores"


Curso com Wilma Tommaso sobre:
ICONOGRAFIA CRISTÃ: Da arte alegre das catacumbas aos ícones sagrados, janelas para o transcendente.
17/6 - A arte primitiva das catacumbas e os símbolos cristãos.
24/6 – É possível representar Deus? O protótipo.
1/7 - A arte cristã após o Imperador Constantino I.
8/7 – A mística dos ícones sagrados.
Valor: R$450,00 ( pode ser parcelado)
  • Observações: O curso será ministrado no Jardim Paulistano - São Paulo 

Wilma Tommaso: Mestre e doutora em Ciências da Religião pela PUC-SP
Palestrante e pesquisadora de arte sacra e religião
Prof. PUC-COGEAE
Participa do grupo de Pesquisa Nemes coordenado pelo Prof. Dr. Luiz Felipe Pondé desde 2006

Maiores informações no e-mail jussiarte@hotmail.com ou pelo whattsapp (11)999799466 com Silvana Jussara

"Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se restringiu ao perímetro da região da Judeia, local onde o próprio Jesus teria realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores cristãos para outras partes do Império Romano.
Para os dirigentes romanos, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental que legitimava a posição subalterna dos mesmos.
Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos, empalados, crucificados e, até mesmo, queimados em vida. Para redimir e orar pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam entoar canções e pintar imagens que manifestavam sua confissão religiosa.
Esses cantos funcionavam como orações pronunciadas em ritmo prosódico e sem nenhum tipo de instrumento musical acompanhante. Segundo alguns pesquisadores, esse tipo de canto, mais comumente conhecido como “salmodia” (em referência ao livro dos Salmos) fora trazida por São Pedro, ainda nos primeiros anos da Era Cristã. Posteriormente, a música cristã seria conhecida como cantochão ou cantus planus, tendo como marca principal sua leve variação melódica.
A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O mais recorrente símbolo era o crucifixo, que rememorava a disposição que Jesus teve de morrer pela salvação dos homens. A âncora significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois a variação grega do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.
O desenvolvimento desse tipo de expressão artística acabou permitindo a execução de cenas cada vez mais complexas. Algumas cenas do texto bíblico começaram a tomar conta da parede das catacumbas. Entretanto, a imagem mais representada era a do próprio Jesus Cristo. Na maioria das vezes, o exemplo maior do cristianismo era simbolizado como um pastor entre as ovelhas. Tal alegoria fazia menção à constante importância que a ação evangelizadora tinha entre os cristãos.
Essa fase inicial da arte primitiva não foi dominada por algum artista específico. A maioria das representações encontradas foi executada por anônimos que desejavam expressar suas crenças. A falta de um saber técnico anterior à concepção de tais obras marcou essa fase inicial da arte cristã com formas simples e bastante grosseiras."

Informações gentilmente cedidas por: Jussi Szilágyi

Um comentário:

  1. O simbolismo do galo 🐓 no cristianismo: vigilância, arrependimento, cristão orante, vigília noturna. O galo é ainda o primeiro a anunciar, na calada da noite, o nascimento e a ressurreição de Cristo. Por isso o costume de colocar a imagem de um galo no pináculo das igrejas. Evangelho de São Mateus, 26.
    Jesus disse aos discípulos: “Esta noite, vós ficareis decepcionados por minha causa. Disse Pedro a Jesus: “Ainda que todos fiquem decepcionados por tua causa, eu jamais ficarei”. Jesus lhe declarou: “Em verdade eu te digo, que, esta noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”. Pedro respondeu: E todos os discípulos disseram a mesma coisa... Então cuspiram no rosto de Jesus e o esbofetearam... Pedro estava sentado fora, no pátio. Uma criada chegou perto dele e disse: “Tu também estavas com Jesus, o Galileu!” Mas ele negou diante de todos: “Não sei o que tu estás dizendo”. E saiu para a entrada do pátio. Então uma outra criada viu Pedro e disse aos que estavam ali. Aproximaram-se de Pedro e lhe disseram: “É claro que tu também és um deles, pois o teu modo de falar te denuncia”. Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo que não conhecia este homem! E nesse instante o galo cantou.

    Mauro Maia Fragoso

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