domingo, 12 de julho de 2015

Catedral de Monreale: novo Patrimônio da Humanidade

A Catedral de Monreale, na Sicília, Itália, acaba de ser declarada "Patrimônio da Humanidade". Dom Michele Pennisi, arcebispo de Monreale expressou seu contentamento pelo "fato de a Catedral desta cidade ter sido inserida na "World Heritage List", da Unesco, como Patrimônio da Humanidade.
Catedral de Monreale.jpg
"Faço votos -diz ainda o arcebispo- que "neste templo de ouro" se continue a conjugar a atividade de culto com a acolhida dos peregrinos e turistas, em um clima de respeito. Espero que possa haver ainda uma sinergia entre a Arquidiocese, a Paróquia, a Prefeitura de Monreale e as outras instituições, a fim de que este importante bem cultural possa ser salvaguardado e valorizado".

Dom Pennisi deseja em sua nota que "a iniciativa da Semana da Musica Sacra de Monreale possa ser retomada, ao entrar em função seu órgão monumental, gravemente danificado durante o último temporal, cujos raios atingiram o pináculo da Catedral".

A Catedral de Monreale
A construção da Catedral de Monreale teve início a partir de 1174, por ordem de Guilherme II, é uma das mais importantes construções sacras da cultura normanda na Itália. A igreja é dedicada a Santa Maria Nova. Sua construção teve início a partir de 1174, por ordem de Guilherme II, da Sicília.

Conta a história que Guilherme dormias na sombra de uma árvore, no campo. Então, a Virgem Maria lhe apareceu, em sonho, dizendo: "Neste lugar onde dormes está escondido o maior tesouro do mundo. Escava-o e com ele constrói um templo em minha homenagem".

Tendo acordado, o Rei seguiu a recomendação da Virgem: escavou o local e ali encontrou um tesouro em moedas de ouro. Ele logo aplicou a fortuna encontrada na construção do santuário. Ele chamou para sua decoração mestres árabes, venezianos e bizantinos, especializados na técnica de mosaico e fez com eles cobrissem a abside e as paredes com painéis de excepcional valor artístico.

O exterior da Catedral
Sua fachada tem um pórtico renascentista com três grandes arcos. Ele foi acrescentado entre 1547 e 1569, por obra de Giovanni Domenico Gagini e Fazio Gagini, e oculta o frontispício primitivo, decorado com mosaicos, relevos e portas de bronze de Bonanno Pisano e Barisano de Trani.
Pelos lados erguem-se duas torres quadradas assimétricas, ladeando o frontão recuado, decorado com arcos entrelaçados em relevo.

O interior Catedral
Seu interior é amplo e divide-se em três naves, seguindo o esquema das basílicas católicas italianas, integrando características da arquitetura ortodoxa em áreas como o coro tripartido.

A colunata monolítica no interior é possivelmente originária de construções mais antigas, e suporta uma série de grandes arcos que separam as naves.
Os capitéis coríntios datam do período clássico e o teto tem caibramento aparente em madeira ricamente decorada.
Separada da nave por um transepto está a capela-mor, de forma absidal e teto em meia-cúpula, com uma janela única ao centro da parede de fundo e um altar-mor do século XVIII de Luigi Valadier, construído em metais preciosos.

A decoração interna possui característica notáveis: mosaicos policromos e dourados, cobrindo quase totalmente o interior. Possui um extraordinário efeito de conjunto, mostrando frisos geométricos, medalhões e diversas imagens de santos e anjos, com inscrições em grego e latim, e ilustram vários episódios da Bíblia.

O Cristo Pantocrator destaca-se na monumental capela-mor, com a Virgem e o Menino, santos e anjos abaixo.
O piso também merece atenção: trabalhado em mosaico de mármore e pórfiro, numa técnica conhecida como "opus alexandrinum", completado somente no século XVI.

No interior da Catedral encontra-se o sarcófago de Guilherme II, da mesma época da catedral, o da sua esposa e seus dois filhos, além de uma urna com relíquias ‘ex corporis' de São Luís IX, da França.

Nos séculos XVII e XVIII foram acrescentadas duas capelas barrocas, embora mais tarde tenham sido isoladas do corpo da igreja. O coro foi parcialmente destruído por um incêndio em 1811, danificando os mosaicos, os órgãos e o forro, reconstruídos poucos anos após, embora com técnica e gosto bastante inferiores aos originais.

Claustro
Ao lado da Catedral estão o Palácio Arquiepiscopal e o Mosteiro Beneditino, rodeados de uma grande muralha e torres. O complexo sofreu profundas remodelações, restando pouco da arquitetura normanda primitiva, salvo alguns torreões e o belo claustro, um dos mais significativos da Itália por suas dimensões e rica decoração de mosaicos e colunas duplas, cujos capitéis são todos diferentes entre si. (JSG)

Da Redação Gaudium Press e com informações Rádio Vaticano)

Fonte: Gaudium Press



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Veja algumas fotos da bela Catedral:






Fotos: Descobrindo a Sícilia

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Acesse o Site Oficial da Catedral: Cattedrale di Monreale

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